5.28.2006

É maduro o nosso amor, não moderno
Fruto de alegria e dor, céu, inferno
Tão vivido o nosso amor, convivência
De felicidade e paciência
É tão bom...
O nosso amor comum é diverso
Divertido mesmo até, paraíso
Para quem conhece bem
Os caminhos
Do amor seu vai e vem
Quem conhece
Saboroso é o amor, fruta boa
Coração é o quintal da pessoa
É gostoso o nosso amor
Renovado é o nosso amor
Saboroso é o amor madurado de carinho
É pequeno o nosso amor, tão diário
É imenso o nosso amor, não eterno
É brinquedo o nosso amor, é mistério
Coisa séria mais feliz dessa vida
(Milton e Brant)
***
um ano do primeiro beijo,
e eu quero sempre é mais...

5.23.2006

natural, beleza é a natureza que
pintarroxo, furta-cor, plantador e aguapé
colorida a vida que o rio, mato e morro
vale que me cobra a preguiça e tira a teima
cata-vento, engole vento
e passatempo, passatempo, passatempo...
e quebra a cabeça

(Carlos Patrício)

falando em tempo, nesse dia vinte e quatro de maio de dois mil e seis meu querido arteiro-amigo carlinhozão completa cinqüenta giros solares. só que de volta em volta, fica tonto quem não consegue acompanhar as idéias desse grilo-pensante (patrício desses pagos jacuís), ou seja, todos nós. nó em pingo-d’água vertendo e subvertendo arte e manha.


“e o bate-coxa só termina quando o gaiteiro cansar”

5.16.2006

DECLARAÇÃO

O que perdi não devolvem
Vou buscar com o revólver
O que ganhei não é posse
Sou um canal, tudo passa
O que falei não se apaga
A vida é uma palavra
O que matei não prestava
Fiz tudo por minha alma

O que senti eu te mostro
Nessa loucura sem trégua
O que sofri foi sem volta
Pois aprendi nos assaltos
O que chorei não se mede
O meu amor é tão vasto
O que procuro eu acho
Estou aberto a machado

(Nei Duclós)

* * *

Dessas coisas que sempre que eu leio (escuto), me causam um desconforto mesclado com excitação.
Será arte?


5.14.2006

O DRAGÃO!




sim, os "autonautas da cosmopista" foram compania fundamental nos tristes dias de março em que eu me afastava do último beijo desse verão maranhense. embarquei na carona de júlio cortázar e carol dunlop, numa viagem pelo avesso da realidade na auto-estrada que une paris a marselha.

"a estrada deixa de ser um percurso para tornar-se o destino
da viagem; seu propósito de velocidade transforma-se em lentidão deliberada;
pois é possível fazer em poucas horas o trajeto que os autores desse livro
fizeram em um mês. visitando dois parquings por dia, os viajantes instalados com
víveres e equipamentos num carro-casa, registram detalhadamente tudo o que vêem:
plantas, bichos, erotismo, horizontes bucólicos, gastronomia. o resultado é uma
prosa irresistivelmente engraçada, impregnada de poesia, em que o casal de
escritores convida o leitor a partilhar sua confiança absoluta nos poderes da
imaginação."



(grácias a stela, que com sua sua sensibilidade colocou em minhas mãos essa preciosidade!)

5.12.2006


esse papo seu tá qualquer coisa...


(carol e júlio, vagalumiando idéias para eu e tu, tatu e coruja)