10.08.2018

Na IV Mostra de Música e Artes cênicas do Teatro Glênio Peres



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Alexandre Vieira e Banda na IV Mostra de Música e Artes Cênicas do Teatro Glênio Peres

Músicos: Alexandre Vieira (voz, guitarras); Alice Gross e Débora Dreyer (vozes); Pablo Lanzoni (voz); Matheus Kleber (acordeão); Angelo Primon (guitarra e viola de 10 cordas); Filipe Narcizo (baixo); Lucas Kinoshita (percussão)

26 e 27 de outubro de 2018, 19h

Teatro Glênio Peres (Av. Loureiro da Silva, 255)

Entrada Franca
(distribuição de convites a partir do dia 23 de outubro na Seção de Memorial da Câmara Municipal das 9h às 17h e no sábado, 30 minutos antes do espetáculo)

Faixa etária: livre

Promoção: Câmara Municipal de Porto Alegre

1.30.2018

O Relógio da Saudade




O relógio da saudade*
Alexandre Vieira e Antônio Conselheiro

O relógio da saudade
Anda suspenso nas horas
Só quem não ama, não sente
Quando seu bem vai embora

Quando meu bem me visita,
Se estou doente, melhora.
Repito a mesma doença,
Quando meu bem vai embora

Minuto parece hora,
Hora parece um dia,
Dia parece um ano
Quando meu bem vai embora

Voz: Alexandre Vieira
Coro: Débora Dreyer, Jorge Herrmann, Pablo Lanzoni, Suelena Borges
Violão folk: Alexandre Vieira
Weissenborn: Marcio Petracco
Guitarra: Angelo Primon
Teclado: Dany López
Baixo: Filipe Narcizo
Percussões e concepção rítmica: Sebastián Jantos
Bateria e percussões adicionais: Lucas Kinoshita

*Sob poema de domínio público atribuído a Antônio
Conselheiro (Antônio Vivente Mendes Maciel, 1830-1897)

No vai e vem das cordas - com Mario Falcão e Carlos Patrício




No vai e vem das cordas
Alexandre Vieira, Carlos Patrício e Mário Falcão

Perto de mim, pertim d’ocê
Pensando só, mó de sabê
Longe daí, longe daqui
Pra lá de além, no vai e vem

E foi pra já, sem mais depois
De lá pra cá, baião de dois
De déu em déu, de pé no chão
Cheguei ao céu, peguei na mão

Amor desarvorado assim
É bem capaz de dar de si
De tardezinha o sol
Alvorecer

As cordas vibraram no universo
Criando a vontade de existir
Brilhando mais forte num desejo
Vertente do meu amor por ti

As cordas no véu da eternidade
Se lançam no espaço feito vento
Areia que voa no deserto
E pousa na imensidão do tempo

As cordas no vão do pensamento
Se enredam na profusão de nós
As cordas vocais do firmamento
Ressoam no tom da minha voz

Dez cordas soaram nos meus dedos
No colo envolvente da viola
No braço que enlaça o meu abraço
O corpo que canta, encanta e chora

Se eu tenho dez dedos pra tocar
As cordas têm mais de mil razões
Frequências que vão harmonizar
Uma infinidade de afinações

Voz: Mário Falcão, Carlos Patrício e Alexandre Vieira
Guitarra e viola de 10 cordas: Angelo Primon
Teclado: Dany López
Baixo: Filipe Narcizo
Bateria e percussão: Lucas Kinoshita

1.09.2018

Tao e qual - com Jaqueline Marques


Tao e qual
Alexandre Vieira e Carlos Patrício

Eu aqui
Quase a levitar
Nem sequer sentindo os pés no chão
Deixo a luz fluir
Vejo o som brilhar
Ao ouvir bater meu coração

Mergulhei
Num vazio sem fim
Sem buscar qualquer explicação
Não há que entender
Somente aceitar
E acolher a luz que vem da escuridão

Viajar
Ao além do céu
Onde não há tempo nem lugar
Água a escorrer
Fogo a consumir
Renascer das cinzas e voar

Transcender
Ser o que não há
Dentro dos limites da razão
Há que se perder
Retornar ao pó
Na lava azul do mar da criação

Voz: Alexandre Vieira e Jaqueline Marques
Piano: Jean Presser
Guitarra: Angelo Primon
Violão folk: Alexandre Vieira
Órgão Hammond: Alexandre Fritzen
Baixo: Filipe Narcizo
Bateria: Lucas Kinoshita

12.31.2017

Camundongo oriental - com Federico Trindade



Camundongo oriental*
Alexandre Vieira e Carlos Patrício

Fui ali pra ver
S'inda tava lá
Tudo escapuliu num segundo
Não deu pra acompanhar
Como um camundongo fugiu
Não sei mais aonde vou procurar
Vim de lá pra cá
Fiquei por aqui
Como não sei onde se esconde
O que resta em ti de mim
Vago sem saber onde vou
Sigo sem noção por aí

Banda oriental                                   
De mi corazón                                    
Lejos de mis pasos borrachos             
Tropieza lá pasión                              
Saco lo que lacra el ocaso
Campereando la ilusión                     
Voy sin dirección                               
Quiem sabe a donde voy a llegar               
Miro el horizonte                               
Y descubro lo qué hay más allá                 
Piernas para qué las quiero               
Queda mucho por callejear 

No burundi tem ziriguidum     
E um fuzuê em Zanzibar    
De Porto Alegre a Montevidéu      
Tem tanto chão   
Tem céu e mar
Tem que atravessar          
Todas as fronteiras              
Que a vida insiste em mapear      
Viramundo 
Vamo então borandá! 

Cantos por ouvir
Vozes de encantar
No fio da navalha
O fio da meada a encontrar
A vida é quase um nada
E um mundo é tão vasto por aí a andar
Rumos por seguir
Mas sempre o mesmo porto a chegar
Num jeito que seduz e conduz
Meu destino a caminhar
No emaranhado do céu
Sigo em companhia do mar

No burundi tem ziriguidum
E um fuzuê em Zanzibar
De Porto Alegre a Montevidéu
Tem tanto chão
Tem céu e mar
Um rebuliço em Istambul
En Cartagena un carnaval
En Maracaibo um redevú
E um escarcéu em Portugal
Hay que navegar
Todos os sabores do vento
Vou saborear
Giramundo
Tenho tempo a cambiar

De Porto Alegre a Montevidéu
Fui de Porto Alegre a Montevidéu

Voz: Alexandre Vieira e Federico Trindade
Coro: Débora Dreyer, Jaqueline Marques, Jorge Herrmann, Pablo Lanzoni e Suelena Borges
Guitarra: Alexandre Vieira
Pianos acústico: Dunia Elias (esquerda) e Dany López (direita)
Trombone: Klênio Barros
Baixo: Filipe Narcizo
Percussões e concepção rítmica: Sebastián Jantos
Percussões adicionais: Lucas Kinoshita
Arranjo de trombone: Alexandre Vieira

*Dedicada a Sebastián Jantos

12.22.2017

Interior - com Débora Dreyer




Interior
Alexandre Vieira e Mário Falcão

Chuva passou
Deixando aqui
Cheiro de si
Sol levantou
Mais de uma vez
A sensatez
Embalançou

Entrei no mar
Da solidão
Ávida mão
Ficou no ar
Qual beija-flor
Cheiro de amor
Pra dar

Eu me viro, sigo só
Só comigo, multidões
Pés em outras direções
Levantando pó
Enveredo rumo sul
Não pergunto onde vai
Na estrada deus é pai
Pego céu azul
Não sei caminho certo
Posso errar feliz
Levo destino aberto e cicatriz
Espreguicei o tempo
Pousado pra voar
Abre alas tô querendo chegar
No aconchegar
Interior

Voz: Débora Dreyer
Coro: Iuri Correa, Pablo Lanzoni, Suelena Borges
Violão e guitarrón: Alexandre Vieira
Acordeão: Matheus Kleber
Baixo: Filipe Narcizo
Bateria: Lucas Kinoshita
Arranjo vocal: Iuri Correa

12.08.2017

Além mar em mim - com Pablo Lanzoni




Além mar em mim*
Alexandre Vieira e Carlos Patrício


Tudo que começa
Quando desembesta
Não tem fim;
Quando o mundo gira
Tudo muda e vira
Sobre mim;
Toda dança muda
E o tempo da mudança
Que há de vir;
Tudo desemboca
Numa pororoca
Bem aqui

Eu não sei porquê
Tudo mudou assim
Vou procurar
O além mar em mim
Sei que vou achar
Vou navegar
E navegando nos confins do mar
Eu vou buscando
Vou tentando
Quero todo querer
Vou refazer
Planos e mais planos e viver

Se o enredo cega
E todo desenredo
Nega o sim;
Quando a fila anda
Tudo em mim desanda
Dói assim

Eu não sei porquê
Tudo mudou assim
Vou procurar
O além mar em mim
Sei que vou achar
Vou navegar
E navegando nos confins do mar
Eu vou buscando
Vasculhando
Quero tudo sentir
Vou encarar
Tudo que ainda há por vir

Tudo que começa
Quando desembesta
Não tem fim;
Toda dança muda
E o tempo da mudança
Que há de vir

Eu não sei porquê
Tudo mudou assim
Vou procurar
O além mar em mim
Sei que vou achar
Vou navegar
E navegando nos confins do mar
Eu vou buscando
Refazendo
Deixa tudo mudar
Vou revirar
Céus e terras navegar

Voz: Pablo Lanzoni
Vocal: Débora Dreyer
Violão folk, bandola e vocal (vocal harmonist): Alexandre Vieira
Guitarra: Angelo Primon
Piano: Alexandre Fritzen
Teclado: Dany López
Baixo: Filipe Narcizo
Bateria: Lucas Kinoshita

* Dedicada a Juliana Lobo

12.02.2017

Miragem - com Andrea Cavalheiro




Miragem
Alexandre Vieira e Carlos Patrício

Ali
Ao olhar pro nada
Sob o vão da escada
Que eleva o chão
Ao alto, rumo ao salto no torpor

Passou
Feito um pé de vento
No meu pensamento
Trazendo a visão
Do riso, de um sorriso avassalador

Assim,
Ao olhar pra dentro
Procurando o centro
Onde nasce a dor
Tão perto, no deserto do meu coração

Eu vi
Tua bela imagem
Formando miragem
Em todo esplendor

Enfim,
Mergulhei no oásis
Cego kamikaze
Cumprindo a missão

Voz: Alexandre Vieira e Andréa Cavalheiro
Violão, guitarrón e ukulelê: Alexandre Vieira
Viola de 10 cordas: Angelo Primon
Percussão: Lucas Kinoshita
Arranjo para guitarrón: Sebastián Jantos
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11.19.2017

Por la Ruta - con Sebástian Jantos




Por la ruta
Alexandre Vieira e Sebastián Jantos

Van por la ruta
Caen en picada
Carne consciente
Alma encerrada
Fuego encendido
Dudas cantadas

Reformalizar
Canibalizar el corazón
Reconstituir, inmunizar
Dar por concluida la intensión
Darle vida sana a la pasión
Asumir un rol bastante, mas audaz
Rasguñar el aire sin eludir
Los obstáculos presentes al amar
Un poco de delay a comenzar

Tiempo sin brillo
Rima mojada
Cuerpo presente
Ropa tirada
El colorido
Se ha vuelto nada

Reformalizar
Canibalizar el corazón
Reconstituir, inmunizar
Dar por concluida la intensión
Darle vida sana a la pasión
Asumir un rol bastante, mas audaz
Rasguñar el aire sin eludir
Los obstáculos presentes al amar
Un poco de delay a comenzar

No hay en el mapa
Contradicciones
Pueblan los campos
Otras canciones
Van por la ruta
Nuevos motores

Reformalizar
Canibalizar el corazón
Reconstituir, inmunizar
Dar por concluida la intensión
Darle vida sana a la pasión
Asumir un rol bastante, mas audaz
Rasguñar el aire sin eludir
Los obstáculos presentes al amar
Un poco de delay a comenzar

Van por la ruta
Otras canciones

Voz: Sebastián Jantos
Vocal: Débora Dreyer
Ukulelê e violão: Alexandre Vieira
Trombones: Klênio Barros
Baixo: Filipe Narcizo
Percussão: Lucas Kinoshita

Arranjo para trombones: Sebastián Jantos